Neste canal são encontradas as séries históricas e estatísticas divulgadas pelo IBGE. Os dados podem ser consultados online através de tabelas, gráficos e mapas temáticos ou baixados para análise posterior.

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mercado e força de trabalho

Trabalho
Trabalho em atividade econômica constitui o exercício de ocupação remunerada em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas etc.):
a) na produção de bens ou serviços;
b) no serviço doméstico;
c) desenvolvida durante pelo menos uma hora na semana:
   -  em ajuda a membro da unidade domiciliar que tenha trabalho como empregado na produção de bens primários (atividades de agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal ou mineral, caça, pesca e piscicultura), conta-própria ou empregador; em ajuda a instituição religiosa, beneficente ou de cooperativismo; ou como aprendiz ou estagiário.
   - na produção de bens, do ramo que compreende as atividades de agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal, pesca e piscicultura, destinados à própria alimentação de pelo menos um membro da unidade domiciliar; ou na construção de edificações, estradas privativas, poços e outras benfeitorias (exceto as obras destinadas unicamente à reforma) para o uso de pelo menos um membro da unidade domiciliar.

Mercado de trabalho e Força de Trabalho

- Mercado de Trabalho
Os principais conceitos que permitem o acompanhamento dos movimentos do Mercado de Trabalho no Brasil são os de emprego, desemprego, formalidade e informalidade da ocupação, além de assalariamento, com carteira ou sem carteira de trabalho assinada. Tais conceitos são operacionalizados pelos indicadores de taxas de atividade, de ocupação e de desemprego ou desocupação, grau de formalidade (expressa pela proporção de trabalhadores empregados com carteira de trabalho assinada) e rendimento mensal do trabalho. Essas informações podem ser desagregadas segundo a posição na ocupação, os setores e ramos (ou grupamentos) de atividade econômica e segundo a  qualidade das relações de trabalho ( expressa pela proporção da população ocupada com contribuição para o sistema de previdência social, com filiação a sindicato). 

 - Força de trabalho ( População Economicamente Ativa)
Os conceitos de Força de Trabalho, de População Economicamente Ativa (PEA) e de mão-de-obra se equivalem, mas diferem do de População ( em idade) Ativa (PIA): ao contrário do conceito de PIA, os de Força de Trabalho, PEA e mão-de-obra admitem a situação de pessoas desocupadas (ou desempregadas).

A noção de PEA foi utilizada na França e Inglaterra desde final do Século XIX. Em 1967, as Nações Unidas recomendou que PEA deveria abranger todas as pessoas, sem distinção de sexo, que constituem a oferta de mão-de-obra, incluindo empregados, trabalhadores autônomos, membros de família não remunerados, empregadores e outros que, embora aptos para o exercício de uma atividade econômica, encontravam-se desempregados durante o período de referência. Estariam excluídos os aposentados, as donas-de-casa, os estudantes, os inválidos, os detentos e aqueles que não trabalham porque vivem de rendas.
      No Brasil, o conceito só foi utilizado para estruturar as informações sobre o Mercado de Trabalho a partir do Censo Demográfico de 1960. Antes disto e a partir de 1945 com base no censo de 1940, o IBGE apresentou informações sobre a População Ativa (PIA) de 10 anos ou mais, sua distribuição por ramos, segundo sexo, idade e Unidade da Federação. A grande mudança na forma de apresentação dos dados ocorreu em 1966, quando na divulgação dos dados do Censo Demográfico de 1960, no Anuário Estatístico do Brasil, a seção “trabalho” incorporou o item “emprego”. É essencial assinalar que, pela primeira vez, foi possível, então, quantificar o desemprego no País (Ver sobre isto: Adalberto Cardoso, Sindicalismo, Trabalho e Emprego in Estatística do Século XX, Rio de Janeiro, IBGE, 2007: 263-260.).  
                                       ...
Fontes de dados

A consolidação dos conceitos e dos instrumentos de coleta de dados que permitem o acompanhamento das mudanças da estrutura do Mercado de Trabalho e da composição da PEA tem um marco decisivo em 1976, quando a pesquisa do IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), ganhou forma estável e peridiocidade anual. Mais tarde, em 1980, com os dados produzidos pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), é preenchida a lacuna de estatísticas conjunturais sobre o Mercado de Trabalho e sobre a População Economicamente Ativa, já que essa pesquisa tem por objetivo o acompanhamento continuado (mensal) dos indicadores do tema.
(Ver sobre isto: Adalberto Cardoso, Sindicalismo, Trabalho e Emprego in Estatística do Século XX, Rio de Janeiro, IBGE, 2007: 221-260.)

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população economicamente ativa


As informações sobre a População Economicamente Ativa (PEA) são coletadas pelas pesquisas domiciliares produzidas pelo IBGE: são pesquisas censitárias, os censos demográficos ( decenais) a partir de 1960, e pesquisas domiciliares,  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) (anual), desde seu início, em 1967,  e Pesquisa Mensal de Emprego (PME),iniciada em 1980 e tornada sistemática de 1982 em diante.
A coleta desses dados padecem de problemas que vão desde a operacionalização do conceito, principalmente nas economias onde as relações de produção não são totalmente independentes das atividades domésticas, até a dificuldade de enumeração, principalmente em relação a determinados segmentos da população como crianças, jovens e idosos. 
As principais dificuldades de operacionalização do conceito são de três ordens: 1) definição do que seja uma atividade econômica, sendo reconhecido como tal a atividade que gera algum rendimento em espécie ou in natura , seja diretamente ao indivíduo que a exerce seja indiretamente através de sua unidade doméstica; 2) período em que a atividade econômica deva ser exercida: pode-se considerar tanto o período de uma semana, o que facilita as respostas e evita erros "de memória", quanto o período de uma ano que pode refletir melhor as condições de trabalho; 3) a terceira dificuldade diz respeito aos limites de idade que, em cada sociedade podem ser diferentes e, mesmo nas pesquisas do IBGE, até início da década de 2000, os limites inferiores de idade divergiam: na PNAD e censos demográficos, 10 anos, enquanto na PME, 15 anos.  
( Ver sobre isto: Paulo de Tarso Almeida Paiva e Celso Simões, População Economicamente Ativa, in Estatísticas Históricas do Brasil, Séries Econômicas, Demográficas e Sociais, 1550 a 1988, 2a.ed. rev. Rio de Janeiro, 1990: 63-80).

Portanto, deve-se ter cautela na construção das séries de indicadores da PEA e, uma recomendação já consensual, é a de que as séries estatísticas sejam separadas conforme as fontes e o período em que são produzidas, tanto no que se refere às estatísticas oriundas dos censos demográficos, quanto daquelas cuja fonte é a PNAD ( ver sobre isto a Fonte das informações das tabelas do presente tema ou daquelas construídas a partir dessa pesquisa). 

Os indicadores da PEA ( sexo, idade, qualificação, distribuição pelos setores econômicos e pelas atividades rurais e urbanas) em seu conjunto são um importante indício do grau de desenvolvimento de uma economia.


Periodicidade: Anual Período: 2001-2011
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Definição:


A população economicamente ativa (PEA), juntamente com a população não economicamente ativa (NPEA), compõe o universo de pessoas de 10 anos ou mais de idade, anualmente pesquisado pela PNAD.

população economicamente ativa é constituída de
Pessoas ocupadas e pessoas desocupadas.
- pessoas ocupadas
Pessoas que, na semana de referência da pesquisa,tinham trabalho durante todo ou parte desse período, incluindo-se aí as pessoas que não trabalharam nesse período por motivo de férias, licença, greve, etc.
- pessoas desocupadas
Pessoas que estavam desocupadas na semana de referência da pesquisa, mas que tomaram alguma providência efetiva na procura de trabalho.

escolaridade em anos de estudo
Classificação estabelecida em função da série e do grau mais elevado concluído das pessoas de 5 anos e mais que, embora na data de referência estivessem de férias, ou impedidas temporariamente, freqüentavam ou haviam freqüentado escolas regulares cujos cursos fossem regulamentados por lei e obedecessem a uma seriação nos respectivos currículos e as que estivessem freqüentando cursos de alfabetização de adultos, admissão, supletivo ou vestibular. Cada série concluída com aprovação corresponde a um ano de estudo.




Comentário:

Na determinação das desigualdades de renda (salários) no mercado de trabalho, a qualificação do trabalhador é um dos fatores primordiais,  ao lado da qualidade dos postos de trabalho ( carteira de trabalho assinada, contribuição para a previdência social, p.ex.), do grau de organização dos trabalhadores, da produtividade,  da discriminação de grupos de trabalhadores por gênero, raça, ou idade.  
Dada a carência de informações para quantificar o grau de qualificação da força de trabalho, estima-se a sua variação através do indicador Anos de Estudo, lembrando, entretanto, que tal indicador  está relacionado apenas à escolaridade formal, deixando de fora tanto o treinamento formal quanto o treinamento no trabalho.
Tipo de dado:
Abrangência Geográfica: Unidade Territorial: Localidade:

Ocultar/Exibir Fonte:
IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001/2011.

*Considerações sobre a limitação da abrangência geográfica e temporal das séries com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Tendo em vista os problemas metodológicos na comparação, entre décadas, dos resultados da PNAD (ver PNAD - Notas Técnicas, pp. 23;17 -19), a seguinte particularidade das séries históricas deve ser registrada:

   As séries que apresentam dados absolutos não ultrapassam o período de uma década, mas  cobrem todos os níveis geográficos de divulgação da pesquisa ( Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e 9 Regiões Metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre). O inverso ocorre nos casos de séries que apresentam apenas dados relativos (percentuais),  que podem cobrir períodos mais longos mas, no entando, em virtude da variabilidade das situações urbano-rural entre décadas, estas séries somente são apresentadas para os níveis geográficos de Brasil e Grandes Regiões ( Regiões Geográficas: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) .

Para assegurar a  comparabilidade dos dados é imprescindível :

1.  a ponderação dos dados pela correção da projeção populacional baseada nos censos demográficos.
As PNADs de 1984 a 1990, 1992 a 1996, e de 2001 a 2007 foram reponderados e resultaram, inclusive, em valores diferentes dos originalmente publicados pelo IBGE. 
Série 80: Os dados de 1984 a 1990 encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados do Censo Demográfico de 1991; 
Série 90: Os dados de 1992 a 1996 encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados da Contagem Populacional de 1996. Os dados de 1999 encontram-se reponderados pela projeção populacional baseada nos resultados do Censo 2000; 
Série 2000: Os dados de 2001 a 2007 encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados da Contagem Populacional de 2007.

2. a consideração de que, além da variabilidade das situações urbano e rural no que diz respeito às fronteiras entre ambas, a abrangência geográfica da PNAD sofreu alterações ao longo dos anos. A abrangência atual foi alcançada gradativamente:
- em 1967, quando foi a campo pela primeira vez, ficou restrita à área que hoje compreende o Estado do Rio de Janeiro;
- em 1981, a abrangência geográfica foi ampliada, passando a excluir somente a área rural da antiga Região Norte, que compreendia as seguintes Unidades da Federação: Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Para as pesquisas da década de 1990 e para as de 2001, 2002 e 2003, essa abrangência geográfica foi mantida, ou seja, a PNAD continuou a cobrir todo o País, com exceção da área rural dessas seis Unidades da Federação;
- em 2004, a PNAD foi implantada na área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá e alcançou a cobertura completa do Território Nacional.

Para maiores esclarecimentos ver
PNAD - Notas Técnicas ( pp 17-23):
Comparabilidade dos dados da série histórica ( pp.23)
Evolução histórica da pesquisa (pp. 17-22)


Consulte os metadados

Ocultar/Exibir  Nota   

1 -  Os percentuais desta série são restritos à PEA e relativos ao universo da população de 10 anos ou mais de idade que é constituído pela PEA e pela NPEA ( ver definição).
2 - Até 2003, exclusive a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
3 - Nos anos de censo demográfico a PNAD não vai a campo; em 1994 a Pnad não foi realizada.
4 - Os dados desta tabela foram reponderados pela revisão 2008 das projeções populacionais, incluindo a tendência 2000-2010. Vide nota técnica no site da pesquisa.






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