Neste canal são encontradas as séries históricas e estatísticas divulgadas pelo IBGE. Os dados podem ser consultados online através de tabelas, gráficos e mapas temáticos ou baixados para análise posterior.

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população e demografia

No estudo de população os componentes demográficos de migração, fecundidade, mortalidade e expectativa de vida ao nascer estão associadas entre si e às características de tamanho populacional, de distribuição territorial e situação de domicílio rural/urbana, de composição por sexo e idade e de característica de cor ou raça.  A força e a direção positiva ou negativa da associação varia de acordo com o espaço geográfico e o período de tempo considerados, com o nível de desenvolvimento socioeconômico da sociedade e seus padrões culturais.

Ver sobre isto Nelson do Valle e Silva e Ma. Ligia de O. Barbosa, População e Estatísticas Vitais, In Rio de Janeiro, Estatísticas do Século XX. IBGE 2003: 31-56; Celso C.S.Simões, A dinâmica demográfica brasileira e os impactos nas políticas públicas, In Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil. Estudos & Pesquisas n.25. Informações Demográficas e Socioeconômica. IBGE 2009: 23-40.

Fontes de dados demográficos no IBGE

No Brasil, as principais fontes de dados demográficos são de responsabilidade do IBGE. Em sua já razoavelmente longa história, o IBGE elaborou e produziu um conjunto de pesquisas bastante significativo no que diz respeito à oferta de informações sobre as diversas características demográficas e socioeconômicas da população brasileira ( L.A.P.Oliveria e C.C.daS.Simões, 2005). Dentre essas pesquisas, o censo demográfico, eixo de referência para todas as demais e a Pesquisa por Amostra de Domicílio (PNAD), além da coordenação do Sistema de Estatísticas do Registro Civil .

- O censo demográfico:  é o principal instrumento para a obtenção de dados sobre a população, principalmente, e em virtude de suas  características de universalidade, respaldo legal, periodicidade definida e simultâneidade ( período de referência para toda a pesquisa).

- Registro Civil: diferentemente do censo demográfico, que consiste no levantamento de dados sobre todos os indivíduos de uma população em momentos preestabelecidos, o registro civil visa acompanhar as ocorrências de eventos que modificam o tamanho ou a composição da população ao longo do tempo. A unidade de enumeração do registro civil, portanto, é o evento demográfico, enquanto a unidade de enumeração do censo é o indivíduo (Halph Harkket, 1996).

- PNAD: na categoria de levantamentos especiais, a PNAD surgiu da necessidade de acompanhamento das características da população com bases mais atualizadas do que o censo demográfico. Contém apenas um número relativamente limitado de dados sobre cada pessoa e, para conseguir informação mais detalhada sobre áreas diversas, a PNAD realiza levantamentos suplementares, tais como nos campos da saúde, emprego, migração, fecundidade e nupcialidade, trabalho infantil, aspectos complementares da educação, acesso à Internet, dentre outras.


Ver sobre este tema Fontes de dados demográficos: 
Ralph Harkket, Fontes de Dados Demográficos, Belo Horizonte, NEPO, 1996.
Luiz Antonio Pinto de Oliveira; Celso Cardoso da Silva Simões, O IBGE e as pesquisas populacionais, Rev. bras. estud.popul. vol 22 no.2 São Paulo jul/dec, 2005.
Nelson do Vale e Silva e Ma. Ligia O. Barbosa: População e Estatísticas Vitais, In Estatísticas do Século XX pp. 31-56. ; Celso C.S.Simões, A dinâmica demográfica brasileira e os impactos nas políticas públicas In Estudos & Pesquisas n.25. Informações Demográficas e Socioeconômica. IBGE, 2009.


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dinâmica demográfica

A análise do processo de transformação das características de qualquer população considerada ( dinâmica demográfica), supõe a existência de uma fonte de dados adequada à construção de indicadores que expressem os principais movimentos inerentes aos padrões demográficos.

Pesquisas produzidas pelo IBGE, tais como as pesquisas censitárias e domiciliares ( Censo Demográfico e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD), bem como as Projeções da População e as estatísticas dos fatos vitais ( Estatísticas do Registro Civil), contêm informações que permitem estabelecer o comportamento dos componentes demográficos, ou seja, os níveis de fecundidade e de mortalidade, as direções do fenômeno migratório nacional e a dinâmica da nupcialidade.

Sobre a dinâmica demográfica no Brasil, ver:
Luiz Antonio P. de Oliveira e Cleber Felix. A Dinâmica Demográfica Recente: Níveis, Tendências e Diferenciais. In IBGE, 1995, Indicadores Sociais. Uma análise da decada de 1980, pp. 25-41; Nelson do Valle e Silva e Ma. Ligia de O. Barbosa. População e Estatísticas Vitais. In IBGE, 2007, Estatísticas do Século XX: Estatísticas Populacionais , pp. 31-56.


Periodicidade: Anual Período: 2001-2016
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Definição:

taxa de fecundidade total
Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher de uma geração hipotética (15 e 49 anos de idade) ao final de seu período reprodutivo.


Comentário:
A taxa de fecundidade total é um dos componente da dinâmica demográfica e afeta diretamente a estrutura etária da população: altos taxas de fecundidade total estão associadas com estruturas etárias muito jovens e reduzida proporção de pessoas idosas. Entretanto, ao considerar as diversas regiões do país, a importância da fecundidade total sobre a determinação da estrutura etária pode ser menos expressiva em função da intensidade dos fluxos migratórios.

O decréscimo da taxa de fecundidade total pode estar associado a vários fatores, dentre os quais, a melhoria do nível educacional da mulher tem peso considerável. Porém, a urbanização crescente, a redução da mortalidade infantil, a ampliação do acesso a métodos contraceptivos, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e a precariedade das condições de emprego, principalmente o feminino, são fatores que, combinados, explicam os baixos níveis da taxa de fecundidade vigentes no país.
Tipo de dado: Relativo
Abrangência Geográfica: Unidade Territorial: Localidade:

Ocultar/Exibir Fonte:
IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2001-2009.

*Considerações sobre a limitação da abrangência geográfica e temporal das séries com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Tendo em vista os problemas metodológicos na comparação, entre décadas, dos resultados da PNAD (ver PNAD - Notas Técnicas, pp. 23;17 -19), a seguinte particularidade das séries históricas deve ser registrada:

   As séries que apresentam dados absolutos não ultrapassam o período de uma década, mas  cobrem todos os níveis geográficos de divulgação da pesquisa ( Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e 9 Regiões Metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre). O inverso ocorre nos casos de séries que apresentam apenas dados relativos (percentuais),  que podem cobrir períodos mais longos mas, no entando, em virtude da variabilidade das situações urbano-rural entre décadas, estas séries somente são apresentadas para os níveis geográficos de Brasil e Grandes Regiões ( Regiões Geográficas: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) .

Para assegurar a  comparabilidade dos dados é imprescindível :

1.  a ponderação dos dados pela correção da projeção populacional baseada nos censos demográficos.
As PNADs de 1984 a 1990, 1992 a 1996, e de 2001 a 2007 foram reponderados e resultaram, inclusive, em valores diferentes dos originalmente publicados pelo IBGE. 
Série 80: Os dados de 1984 a 1990 encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados do Censo Demográfico de 1991; 
Série 90: Os dados de 1992 a 1996 encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados da Contagem Populacional de 1996. Os dados de 1999 encontram-se reponderados pela projeção populacional baseada nos resultados do Censo 2000; 
Série 2000: Os dados de 2001 a 2007 encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados da Contagem Populacional de 2007.

2. a consideração de que, além da variabilidade das situações urbano e rural no que diz respeito às fronteiras entre ambas, a abrangência geográfica da PNAD sofreu alterações ao longo dos anos. A abrangência atual foi alcançada gradativamente:
- em 1967, quando foi a campo pela primeira vez, ficou restrita à área que hoje compreende o Estado do Rio de Janeiro;
- em 1981, a abrangência geográfica foi ampliada, passando a excluir somente a área rural da antiga Região Norte, que compreendia as seguintes Unidades da Federação: Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Para as pesquisas da década de 1990 e para as de 2001, 2002 e 2003, essa abrangência geográfica foi mantida, ou seja, a PNAD continuou a cobrir todo o País, com exceção da área rural dessas seis Unidades da Federação;
- em 2004, a PNAD foi implantada na área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá e alcançou a cobertura completa do Território Nacional.

Para maiores esclarecimentos ver
PNAD - Notas Técnicas ( pp 17-23):
Comparabilidade dos dados da série histórica ( pp.23)
Evolução histórica da pesquisa (pp. 17-22)


Consulte os metadados

Ocultar/Exibir  Nota   

Os dados desta tabela encontram-se reponderados pela correção da projeção populacional baseada nos resultados da Contagem Populacional de 2007, resultando em valores diferentes dos originalmente publicados pelo IBGE.






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